quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Admirável mundo musical

Três impressões ficaram ao escrever a matéria sobre tecnologia musical. A primeira delas é a facilidade de se conseguir montar um estúdio caseiro e editar seus arquivos de áudio em casa. Por um preço cem vezes menor do que o custo dos equipamentos de um estúdio profissional, você consegue fazer isso.A segunda delas foi o espanto em relação ao poder dos programas para criação de música e dos samplers. Sobre os primeiros, daria para escrever um post imenso sobre os recursos que podem ser adicionados: fades, distorções e outros efeitos de guitarra. A edição fica facilitada porque o programa trata cada recurso como uma faixa e daí é editar copiando e colando. Um Word de áudio, portanto. A única mudança é na linguagem: em vez de ser um texto, são sons.Outra mudança está na adoção dos samplers. Não dá mais para dizer que o som é "virtual". São todas as notas que seriam obtidas no instrumento, mas "tocadas" de outra maneira: com teclado e mouse.Por fim, acho que aconteceu uma mudança de percepção em relação aos músicos e produtores musicais. Para ser um profissional precisa ter talento - como em qualquer atividade - com uma dose adicional de técnica. Uma frase do Eduardo Ardanuy chamou minha atenção: "Usar esses porgramas de composição/edição é quase como aprender a fazer música de outro jeito".Para quem produz música é um grande avanço. Para quem toca, é apenas um jeito diferente de curtir seu instrumento. Não dá para dizer se é melhor ou pior do que quando a gravação tinha quatro canais e a edição era feita em fitas de duas polegadas. Nada vai substituir seu talento e sua técnica com a guitarra. Ou seu ouvido afiado para perceber sons, compassos e ritmos. Atrás do teclado e do mouse ainda estará uma pessoa compondo.

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